terça-feira, 7 de maio de 2019

O guia definitivo de gorjetas pelo mundo

O guia definitivo de gorjetas pelo mundo

          Saiba onde e quando é preciso dar gorjetas em hotéis, restaurantes          e   táxis em diferentes países do globo
Cada país tem suas próprias tradições quando o assunto é gorjeta. Nós, brasileiros, não temos esse costume, já que na maioria das vezes a taxa de serviço já está inclusa no preço final. Porém, em lugares como os Estados Unidos, Canadá e Rússia, elas são levadas muito a sério. Saiba como funciona o sistema de gorjetas ao redor do mundo e evite passar vergonha – ou ser visto como mão de vaca.
Para ajudar viajantes a entenderem a arte da gorjeta, o mapa interativo do Tip Advisor (uma brincadeira com o TripAdvisor) reúne informações sobre gorjetas em 49 países. São considerados 3 tipos de gorjeta diferentes: em restaurantes, táxi e hotel –  e o site ainda ensina como dizer ‘obrigado’ na língua local, e como se pronuncia, já que as informações estão todas em inglês. Navegue no site aqui.
No caso do Brasil, por exemplo, o site afirma que a gorjeta de 10% em restaurantes quase sempre está inclusa, explica a questão da bandeira inicial dos táxis e diz que em hotéis é bem visto deixar R$5 ou R$10 por noite pelos serviços de limpeza ou mensageiro.
Já nos Estados Unidos, a gorjeta é fundamental e acaba sendo uma fonte de renda importante para os trabalhadores. O percentual dependerá da qualidade do serviço. Em restaurantes, o esperado gira em torno de 15% a 20% do valor final. Em bares, o padrão é U$ 1 por drink. Em táxis, de 10% a 15% da corrida e, nos hotéis, os valores variam: pelo menos US$ 1 por mala carregada e US$ 2 para serviços de limpeza e de quarto.
Canadá não é muito diferente. Nos restaurantes, entre 10% e 25% do valor total – a porcentagem é proporcional à qualidade do serviço. Táxis, de 10% a 20% e, em hotéis, de US$ 2 a US$ 5 por mala carregada.
Outros países em que a gorjeta é importante são África do Sul, Rússia, Israel, Argentina, Itália e Egito – especialmente em restaurantes.
No caso do Egito, a gorjeta não é obrigatória, mas é esperada por garçons e funcionários de hotéis. Não dá-la é considerado rude.  Em restaurantes, 10% é suficiente. Para carregadores, o padrão é 3 a 5 EGP por mala e 5 a 10 EGP por noite para funcionários da limpeza.
Em Israel, taxistas não esperam receber gorjetas. Já garçons e bartenders devem receber entre 10 e 15% do total, de acordo com o atendimento. Não é comum que o serviço seja incluso na conta, mas em locais mais turísticos isso pode acontecer e o viajante não ser avisado (já que tudo está escrito em hebraico). De qualquer forma, pergunte de antemão.
A mesma situação pode acontecer na África do Sul, por isso sempre confirme se a taxa de serviço não está incluída na fatura. Caso não esteja, a gorjeta é obrigatória e o percentual padrão é de 10% a 15% do total. Essa regra também vale para guias de safári. Já taxistas esperam 10% de gorjeta e, nos hotéis, um U$ 1 para cada mala carregada e por dia de limpeza.
Na Argentina, ao contrário da maioria da América do Sul, o serviço não está incluso no preço final dos restaurantes. Por isso, clientes devem oferecer 10% separadamente ao garçom. Nas corridas de táxi é recomendável arredondar o preço total e deixar o troco com o motorista e, nos hotéis, dar ao carregador 25 pesos argentinos – valor que pode ser maior quanto mais prestativo for o funcionário.
México também é um país em que gorjetas são importantes. Em restaurantes, é recomendado deixar de 10% a 15% do valor total da conta, de preferência em dinheiro. Não é típico deixar gorjeta aos taxistas, a não ser que eles te ajudem com malas e objetos pesados – nesses casos, cerca de 6 pesos mexicanos é suficiente. Aos carregadores de malas em hotéis, o valor sugerido por mala é entre 10 e 20 pesos (o quanto você der dependerá do peso da bagagem e do atendimento) e cerca de 20 pesos para os funcionários da limpeza.
Na Austrália Nova Zelândia, gorjetas não são exatamente esperadas. Elas são opcionais, de acordo com o que o cliente achou do serviço. Você pode dar 10% para o garçom, caso o atendimento tiver sido ótimo. Em hotéis australianos, AU$ 1 por mala carregada é suficiente. Em táxis, não é necessário.
De maneira geral, os restaurantes da Europa já possuem o valor de serviço inserido nos preços. Porém, como dito anteriormente, confirmar primeiro nunca é demais. Culturalmente, gorjetas adicionais são opcionais e dadas quando o serviço é excepcional – o mais comum é arredondar a conta. Países em que o serviço não vem incluso na conta e, portanto, é preciso deixar gorjeta por fora, são: Espanha (5%-10%), Rússia (5%-10%, direto ao garçom), República Tcheca(10%-15%), Bulgária (10%), Hungria (10%-15%), Polônia (10%-15%) e Romênia (5%-15%).
Na Escandinávia, a cultura de gorjetas é quase inexistente. Isso porque funcionários de restaurantes, taxistas e do setor hoteleiro já ganham bons salários e não esperam gratificações. Nos restaurantes, ou o serviço já está incluso nos preços ou não é necessário.
JapãoChinaCoreia do Sul e Singapura também são países onde dar gorjetas não é prática comum. Na verdade, alguns japoneses podem considerar o ato ofensivo. Na China, gorjetas não chegam a ser vistas como ofensa, mas não é raro que sejam recusadas. Na Coreia do Sul, a exceção são os guias de turismo e motoristas particulares, que esperam receber US$ 20 e US$ 10 por pessoa, respectivamente. Em Singapura, gorjetas são desincentivadas nos hotéis. Já nos restaurantes, dar os 10% é padrão.
Quando em dúvida, dê 10% ou arredonde a conta e não peça pelo troco. Lembrando que é importante confirmar nos estabelecimentos se o serviço não está incluído na conta, para garantir que você não está pagando em dobro. E tente sempre dar gorjeta em dinheiro.
 (studiocasper/Getty Images)

“Fuga de cérebros” do Brasil para os EUA cresceu desde a crise de 2015

“Fuga de cérebros” do Brasil para os EUA cresceu desde a crise de 2015

Dentre as pessoas questionadas, 95% não querem voltar ao Brasil nos próximos três anos. Os motivos seriam a violência e a corrupção

O número de vistos de imigração emitidos para brasileiros que querem morar nos Estados Unidos cresceu 74% de 2015 (2.478) a 2018 (4.300), segundo dados do Departamento de Estado Americano.
Um estudo feito pela JBJ Partners, empresa especializada em expatriação, revelou que, nos últimos quatro anos, a migração de pessoas com formação superior ou pós-graduação do Brasil para os Estados Unidos passou de 83% do total para 93%, intensificando a chamada “fuga de cérebros”.
De acordo com a JBJ Partners, tem crescido o número de famílias completas que deixam o país. Há quatro anos, 41% dos expatriados pesquisados eram casados e, destes, 63% tinham pelo menos um filho. A pesquisa apresentou que, atualmente, o percentual de expatriados casados subiu para 68% e, dentre eles, 83% são pais.
Além da questão escolar, a faixa etária dos expatriados também aumentou. Até 2013, a pesquisa mostrava que 61% dos que haviam se mudado para os Estados Unidos tinham até 29 anos. Hoje, a faixa de 30 a 49 anos – considerada a faixa mais apta a ter carreira consolidada e maior poder aquisitivo – já representa 57% do total.
Segundo Jorge Botrel, sócio da JBJ, o aumento das declarações de saída definitiva do país mostram uma “fuga de cérebros”. “A fuga de cérebros se caracteriza pelo crescimento do número de pessoas com PhD, doutorado e MBA, que saem em direção aos Estados Unidos”, disse Botrel.

Vistos americanos
Dentre as pessoas questionadas, 95% não querem voltar ao Brasil nos próximos três anos. As razões mais faladas para não voltar ao país são a violência, a instabilidade econômica e a corrupção.
Dados do Departamento de Estado Americano mostrou ainda que o número de vistos de imigração emitidos para brasileiros que querem morar nos Estados Unidos cresceu 74% de 2015 (2.478) a 2018 (4.300).

Governo dos EUA deve autorizar 30 mil novos vistos para trabalhadores sazonais

Governo dos EUA deve autorizar 30 mil novos vistos para trabalhadores sazonais


O governo dos Estados Unidos planeja disponibilizar 30 mil novos vistos H2B, voltado para trabalhadores estrangeiros sazonais, ou seja, só trabalham durante a temporada em que há mais demanda de mão-de-obra. As informações são da Associated Press.
Os novos vistos serão disponibilizados ainda este ano. Entre os contratantes está o resort de Trump, o Mar-a-Lago, localizado em Palm Beach (FL). Esse tipo de visto é dado a trabalhadores não rurais e serve para suprir a mão-de-obra escassa. O período máximo que este visto pode ser renovado é por três anos.
Os cerca de 66 mil vistos disponibilizados para este ano fiscal – entre outubro de 2018 e setembro de 2019 – já foram distribuídos e o mercado de turismo, hotelaria e pesca precisa de mais trabalhadores.
A advogada de imigração Renata Castro afirma que o número de brasileiros beneficiados por este visto ainda é baixo por falta de informação.
“O baixo número de brasileiros beneficiados por esse visto se atribui à falta de conhecimento tanto dos empregadores quanto de candidatos da disponibilidade dessa categoria de vistos menos competitiva que o visto H1-B”, diz Renata Castro.
O que é o visto H2B?
O visto H-2B é um visto temporário para trabalho não-agrícola, reservado para funcionários estrangeiros que se enquadram nas seguintes condições:
  • Não há um número suficiente de candidatos ao posto de trabalho nos EUA dispostos a ocupar o cargo, e capacitados para tal;
  • A contratação de funcionários H-2B não impactará adversamente o mercado de trabalho nos EUA para funcionários em posições similares;
  • A demanda na posição é de caráter temporário, independentemente da descrição do cargo como tal;
A imigração determina em detalhe o que caracteriza trabalho temporário. Dentre as subcategorias de trabalho temporário estão:
  • Trabalhos sazonais, em que o posto de trabalho está diretamente atrelado a um evento, como uma colheita, uma estação do ano, ou evento;
  • Trabalhos para época de alta demanda, como é o caso de empresas que tem o seu pico de atividade por volta de certos eventos, como férias, Natal, etc., e precisam complementar o quadro de funcionários para certas épocas do ano;
  • Trabalho de caráter intermitente.
Mais informações no site do USCIS
Visto H2B beneficia trabalhadores estrangeiros Foto Reprodução gratuita Pixabay

Pagar Para O Filho Nascer Nos Estados Unidos Pode Não Ser Uma Boa Ideia

Pagar Para O Filho Nascer Nos Estados Unidos Pode Não Ser Uma Boa Ideia


Eu confesso que nunca levei a sério essa história de gente que paga para ter filho nos EUA e garantir cidadania americana à criança; achava que eram casos isolados até o momento em que ouvi um amigo falar a expressão “Indústria do Nascimento”. Fiquei curioso, resolvi investigar e me impressionei com o que vi. A empresa pioneira nesse serviço realiza atualmente mais de 100 partos de gestantes brasileiras nos Estados Unidos por mês.
Antes de expressar minha opinião, quero deixar claro que tenho uma filha americana, mas ela nasceu mais de dois anos após nossa transferência para cá e isso nunca foi um objetivo quando decidimos pela mudança.
Eu respeito quem adere à ideia, mas acho que é preciso cuidado porque, analisando friamente custos e benefícios, o resultado pode não ser tão vantajoso.
Em primeiro lugar, um filho nascido nos EUA tem direito à cidadania americana, mas isso não significa para a família o direito de permanecer no país. Durante anos, essa jogada foi muito útil para imigrantes ilegais. A criança americana – conhecida como “Anchor Baby” (Bebê Âncora) – era extremamente conveniente para famílias em condição ilegal porque o processo de extradição era muito mais complicado e moroso. Sendo os tutores legais de um americano, os pais conseguiam certa estabilidade para ficar no país. Mas a festa acabou e a tendência nos tribunais têm sido aprovar a extradição, embora a cidadania americana da criança continue intocável.
No caso dos brasileiros, o grande motivo do “investimento” é garantir o futuro dos filhos em escolas públicas e universidades de grande reputação, além de um bom emprego. Tudo dentro da legalidade. Muito bacana, mas nem a cidadania americana garante boas escolas e bons empregos nem a cidadania estrangeira os exclui. Em primeiro lugar, para a criança estudar em escolas americanas, ela precisa morar aqui, certo? Se a família não tem planos de se mudar para os EUA, como a criança vai frequentar a escola americana? Caso a família esteja fazendo um planejamento correto para se mudar legalmente, não importa onde a criança nasceu, ela terá acesso garantido ao sistema de ensino público daqui. Outra coisa, ter cidadania americana não é passaporte para uma boa escola pública; leia esse artigo e descubra que uma escola de qualidade está mais associada à região onde a família mora que à cidadania do estudante. Um bom emprego segue o mesmo caminho – legalidade é mais importante que cidadania – ou você acha que todo americano está bem empregado? Eu trabalho com vários americanos, recebo o mesmo ou mais que muitos deles e nunca fui prejudicado por não ter a cidadania do país. E parece que não sou o único, leia essa matéria e veja que uma coisa não está ligada à outra. No caso das universidades, a questão é mais complexa. Os critérios de aceitação são muito subjetivos e também envolvem cotas que muitas vezes oferecem privilégios a quem teoricamente tem menores chances. Portanto, ser americano não significa necessariamente preferência nas instituições mais disputadas. Um bom histórico escolar nos Estados Unidos vai ajudar muito, mas, repetindo, seu filho não precisa ser americano para frequentar as escolas daqui. O que ele precisa é morar aqui legalmente. Certa vez tive a chance de conhecer um casal com três filhos, dois nascidos no Brasil e um nos Estados Unidos com pouca diferença de idade entre eles. Perguntei se havia algum privilégio para o americano que os brasileiros não tinham. Eles riram e falaram que o único privilégio do americano até então era ter nascido em um hospital infinitamente mais caro que o dos brasileiros.
Com tantas incertezas, em vez de comprar a cidadania americana dos filhos, pode ser melhor opção investir esse dinheiro em um planejamento que dará acesso ao sonho de ver seus filhos estudando e trabalhando nos Estados Unidos. Vamos fazer as contas. Lembrando que os valores podem mudar a cada dia dependendo da cotação do dólar e/ou taxa de retorno prevista dos investimentos que serão citados.
O custo médio de um pacote que garante o nascimento da criança nos EUA – incluindo passagem, hospedagem, serviços médico-hospitalares, aluguel de carro e outras despesas é de 40 mil dólares segundo essa reportagem do jornal O Dia, ou seja, 156 mil Reais considerando o câmbio de 3,90 do momento em que escrevo. Muito bem, o custo médio de uma universidade pública americana daqui a 18 anos está estimado nesse artigo do jornal The New York Times em 183.837,00 dólares ou 716.943,00 Reais – lembrando que as universidades públicas são as mais baratas disponíveis. Agora vamos aplicar os 156 mil Reais no Tesouro Direto, investimento extremamente simples e seguro, e fazer aportes mensais de 213,09 Reais. Usando um simulador do próprio site do Tesouro Direto, escolhendo o título IPCA + e resgatando o dinheiro em 2035 (quando a criança nascida hoje estará com 16 anos), o valor líquido a ser embolsado será de 616.998,85. Agora vamos aplicar esse dinheiro na poupança por dois anos até que o jovem complete 18 anos, considerar juros mensais de 0,6% e temos 717.400,72 Reais, o suficiente para pagar a universidade. Você concorda que fazer um aporte inicial de 156 mil Reais e aportes mensais de 213,09 Reais até 2035 dói menos que gastar 156 mil Reais agora e 716.943 Reais quando seu filho entrar na universidade? Outra coisa, e se seu filho americano, por qualquer motivo, não estudar nem trabalhar nos EUA como você pretende? É muito dinheiro desperdiçado, não é? O plano alternativo garante a posse do dinheiro durante todo o tempo do investimento. Caso algo aconteça no meio do caminho, a bolada é toda sua para você usar como quiser.
Agora falando sobre trabalho, o seu filho brasileiro formado em uma universidade americana dificilmente será prejudicado no processo de escolha de grandes empresas – considerando que ele fale inglês. As corporações não só gostam de contratar estrangeiros como precisam deles no mundo globalizado de hoje. Entre um estrangeiro bilíngue e um americano que só fala inglês, a empresa jamais vai deixar de considerar o estrangeiro. Além disso, ter um quadro de funcionários de vários países cria uma imagem simpática e reputação positiva. O departamento jurídico de grandes empresas contam com toda a estrutura para providenciar o visto necessário para o estrangeiro e até o Green Card.
Não vou negar algumas vantagens em ter um filho nascido aqui. A família pode requerer a cidadania do país a partir dos 21 anos de idade do membro americano. É possível fazer um financiamento de um veículo ou um imóvel no nome dele sem burocracias extras a partir da mesma idade. Também é possível tirar o Social Security Number – o correspondente ao CPF brasileiro – logo depois do nascimento. Esse documento abre muitas portas para quem mora nos EUA. O passaporte americano também evita filas e tensão durante a entrevista com o oficial de imigração no aeroporto. Por outro lado, é bom lembrar que você pode conseguir tudo isso se estabelecendo no país de maneira legalizada. Os Estados Unidos emitem dezenas de vistos diferentes, um advogado especializado pode ajudá-lo a requerer um deles sem a necessidade da cidadania comprada e, depois de algum tempo residindo no país, todas as vantagens do Green Card e da cidadania americana estarão ao alcance da sua família. E pode ter certeza que vai demorar menos de 21 anos para vocês terem esse privilégio.
Agora vamos falar do aspecto legal da questão. A cidadania de um país, em geral, é concedida através de um desses quatro caminhos:
1 – A pessoa nasce no país, condição conhecida como jus soli. Brasil e Estados Unidos seguem essa norma.
2 – Vínculo consanguíneo, princípio conhecido como jus sanguinis. Você adquire a nacionalidade dos seus antepassados. Esse é um direito muito difundido na Europa e milhares de brasileiros têm se utilizado dele para adquirir cidadania italiana, portuguesa, alemã etc. Também funciona, com algumas restrições, para filhos de brasileiros e americanos.
3 – Programas de estímulo. O país necessita de gente e oferece a cidadania em troca. Durante a Primeira Guerra Mundial, os EUA ofereceram cidadania americana para os porto-riquenhos lutarem nos campos de batalha. Até hoje eles contam com o privilégio da cidadania americana automática. Ultimamente, o Canadá tem se destacado por fazer uso desse tipo de programa para atrair mão de obra qualificada.
4 – Concessão por tempo de residência no país. A pessoa mora no país legalmente há um determinado tempo e adquire o direito à cidadania. Esse é o caminho que tenho defendido nesse texto. No caso dos Estados Unidos, até quem chega ilegalmente tem chance de alcançar essa condição, mas nem vou me aprofundar porque não quero acreditar que você pensa nessa possibilidade.
Todas as alternativas acima estabelecem um forte vínculo entre a pessoa e o país porque são frutos de um histórico que cria uma ligação entre os dois lados. Minha filha, independente do país onde ela se fixar, para sempre vai lembrar que é americana porque nasceu em um momento em que os pais moravam no país. Existe aqui um contexto que já estava em curso antes de seu nascimento. Ela também é brasileira porque essa é a nacionalidade de seus pais, uma herança que corre no sangue. A cidadania comprada é mera questão comercial e, apesar de não afrontar a lei, possui a frieza típica de um acordo financeiro. Desculpe a comparação grosseira, mas é a mesma diferença entre fazer sexo por amor e por dinheiro. Alguns podem não ver diferença, mas outros acham que são experiências completamente distintas.
Apesar de ser recomendado falar a verdade para o oficial de imigração na chegada ao aeroporto americano, muitos que pretendem ter um filho aqui dizem que vêm fazer turismo e isso está virando um problema. Já fiquei sabendo de casais que foram mandados de volta para o Brasil e outros que obtiveram um visto de curtíssimo prazo para que voltassem antes do nascimento do bebê. E tem mais, o presidente Donald Trump já manifestou a vontade de publicar um decreto-lei que impede a cidadania americana da criança quando os pais não estão morando legalmente nos EUA. Apesar das pouquíssimas chances dessa lei vingar, isso é um claro sinal de que o cerco está apertando.
Eu não tenho autoridade para dizer o que uma pessoa deve ou não fazer, mas meu dever como jornalista é informar e, como adepto do planejamento, devo mostrar por A + B que a relação custo/benefício da compra de uma cidadania americana pode não ser muito vantajosa. O caminho mais fácil nem sempre rende os melhores benefícios, mas cada um com o seu cada qual. Boa sorte!


Perdeu seu passaporte ?

Perdeu seu passaporte ?

Você sabe o que fazer em caso de perda ou roubo de passaporte?
Confira as orientações do Consulado-Geral:
No caso de roubo, contate a polícia local e registre uma queixa (“file a report”). Quando se trata de simples perda ou extravio de objetos e/ou documentos, a polícia local normalmente não faz boletim de ocorrência.
2- Compareça ao Consulado-Geral em Miami e comunique o ocorrido para solicitar uma Autorização de Retorno ao Brasil (ARB). O documento é gratuito e fica pronto no mesmo dia. Para mais informações sobre a emissão da ARB, consulte o site: http://miami.itamaraty.gov.br
3- Ao voltar para o Brasil, comunique o fato também às autoridades policiais brasileiras e aos órgãos emissores dos documentos furtados.
Por fim, mantenha a calma. Os itens de segurança do passaporte, como chips de identificação, minimizam o risco de ter seu documento utilizado por terceiros para fins ilícitos.
(Fonte: Consulado-Geral)
Credito:Brazil Usa Magazine



quinta-feira, 11 de abril de 2019

Trabalhar na Disney: tudo sobre o Cultural Exchange Program


Para praticar o inglês e ganhar experiência internacional, jovens universitários podem passar até 3 meses trabalhando no complexo, em Orlando!

É fã da Disney? Que tal bater cartão (literalmente) nos parques durante as férias de verão inteiras?! A maior empresa de entretenimento do planeta mantém um conhecido programa de intercâmbio profissional para universitários do mundo todo, o Cultural Exchange Program, mediado, no Brasil, pela operadora STBEm 2017, 4 500 brasileiros se inscreveram no programa – cerca de mil foram aprovados.
Para a Disney, trata-se de atrair uma mão de obra jovem, internacional, bilíngue, empolgada e relativamente qualificada a um custo baixo, já que os gastos da viagem (passagem, visto, seguro, alimentação) correm por conta do estudante, e a estadia, em condomínios da própria Disney, é descontada do salário dos intercambistas.
Para um jovem universitário, viajar sozinho ao exterior por tanto tempo – e cheio de responsabilidades – pode despertá-lo para a vida adulta no timing certo. Nas horas vagas, a troca cultural com jovens de outros países e a autonomia para administrar tempo, dinheiro e programação são uma espécie de vestibular da maioridade. Bônus: todos entram nos parques na faixa, e, depois do intercâmbio, têm um mês de visto para viajar pelos States – se sobrar grana.
Sim, o trabalho é duro, a remuneração pode variar e a frequência com que se pratica o inglês depende da vaga, mas seu currículo ganhará um bom diferencial (e seus netinhos, quando souberem que você já esvaziou todas as lixeiras do Magic Kingdom, retribuirão a anedota com uma larga risada).
Noves fora, o investimento na viagem – uns R$ 8 000 – não é dos mais altos, sobretudo para uma estadia de pelo menos dois meses. A seguir, tudo sobre intercâmbio na Disney.

Não banque o Pateta: tire as suas dúvidas

Quais são os pré-requisitos? 

É preciso ter, no mínimo, 18 anos até o início do processo seletivo (lá pra maio), falar inglês avançado ou fluente (mas sem a necessidade de um certi-
ficado) e estar cursando a partir do segundo semestre de um curso de bacharelado presencial e reconhecido pelo MEC. 
O programa também requer disponibilidade para viajar de novembro a fevereiro e para morar com estudantes de outros países.

Tem custo?

Sim, o da viagem: cerca de US$ 1 000 pela passagem aérea (ida e volta), US$ 160 de visto, US$ 150, por mês, de seguro-saúde internacional (exigido pela Disney) e assessment fee (US$ 354,50, em 2018), um pagamento antecipado das duas primeiras semanas de acomodação.
Com três meses de seguro, a conta bate nos US$ 1 900 (ou R$ 7 747, no câmbio a R$ 4,08). As outras despesas (demais semanas de acomodação, lazer, alimentação, passeios) podem ser cobertas pelo seu salário da Disney.



quarta-feira, 3 de abril de 2019

Aumenta número de brasileiros que decidem viver legalmente no exterior

Aumenta número de brasileiros que decidem viver legalmente no exterior


Legalmente no exterior continua crescendo. Os últimos dados da Receita Federal mostram que em 2018 22,4 mil pessoas entregaram a declaração de saída definitiva do país no ano passado. Em 2017, foram 21,2 mil.
A declaração definitiva é obrigatória para quem vai morar no exterior. A saída do país começou a crescer a partir de 2014, quando o Brasil começou a sentir os primeiros sinais de recessão econômica. Até então, os pedidos de saída definitiva eram menos de 10 mil e deram um salto gradual de crescimento nos anos seguintes
Há países que adotam políticas de incentivo para atrair trabalhadores estrangeiros, embora o processo migratório seja bastante burocrático. Entre os destinos mais tradicionais, estão Japão e Canadá. São economias que combinam baixo desemprego e uma população mais velha e, portanto, lidam com falta de mão de obra.
Japão
No Japão, o governo recruta trabalhadores estrangeiros para 14 áreas, de acordo o consulado japonês. Há vagas para atividades de limpeza e cuidados domésticos; na indústria manufatureira, eletrônica e automotiva; na construção civil; na agricultura, entre outras.
“Houve uma mudança drástica no perfil de quem decide ir para o Japão. Antes o objetivo era conseguir acumular algum dinheiro, hoje são famílias inteiras que querem sair do Brasil em busca de mais qualidade de vida”, afirma o sócio da agência TGK, Armando Shinozaki.
A mudança para o Japão costuma ser mais fácil para os trabalhadores que integram até a terceira geração de japoneses que vieram para o Brasil em décadas passadas. “Se a pessoa estiver nesse grupo, ela pode conseguir o visto e aí trabalhar e morar normalmente no Japão”, diz Shinozaki.
Canadá
O Canadá também mantém uma busca permanente por trabalhadores estrangeiros. O governo tem um programa exclusivo – chamado de Express Entry – para quem deseja se mudar para o país com um trabalho garantido.
No ano passado, 1,3 mil brasileiros integraram o programa, segundo consulado do Canadá. A participação de brasileiros tem sido cada vez mais – em 2015, 250 pessoas foram beneficiados. Hoje, o Brasil já representa o sexto maior contingente de contratados por meio da iniciativa, atrás apenas de Índia, China, Nigéria, Paquistão e Reino Unido.
Entre as principais profissões oferecidas pelo Canadá, estão vendedor, operário de obras, soldador, engenheiro elétrico, assistente administrativo, recepcionista, motorista, caixa, enfermeiro, entre outras. Com informações do G1.
EUA
Os EUA ainda são um dos lugares mais procurados pelos brasileiros. O país oferece a imigração legal com a concessão do green card (residência permanente) por casamento, visto de investidor, de trabalho, habilidades e talentos profissionais. Em 2017, o percentual de novos residentes permanentes com respaldo em carreiras profissionais ou emprego foi registrado em 12.2%, segundo dados do Departament of Homeland Security. O número de brasileiros que ganharam residência permanente também aumentou entre 2015 e 2017. Em 2015, 11.424 brasileiros obtiveram o green card nos EUA, enquanto em 2017 foram 14.989.