terça-feira, 14 de abril de 2020

Trump ordena que as forças armadas americanas ajudem a Itália, contra a “desinformação chinesa e russa”

Trump ordena que as forças armadas americanas ajudem a Itália, contra a “desinformação chinesa e russa”


Donald Trump deu ordem, em memorando publicado ontem à noite, para que os Estados Unidos ajudem a Itália contra a Covid-19.
“A República Italiana, um dos aliados mais próximos e de velha data, foi devastado pela epidemia de Covid-19, que já ceifou mais de 18 mil vidas, levando o sistema de saúde a um passo do colapso, e agora ameaça empurrar a economia italiana para uma profunda recessão. (…) Iremos ajudar a Itália para derrotar a epidemia de Covid-19 e mitigar o impacto da crise, mostrando ao mesmo tempo a liderança dos Estados Unidos diante da campanha de desinformação chinesa e russa (que tentam mostrar os Estados Unidos distantes dos europeus, ao contrário de Pequim e Moscou) e reduzindo o risco de uma nova infecção que, da Europa, atinja os Estados Unidos.”
E mais:
“Os Estados Unidos, aproveitando a rede de 30 mil servidores das forças armadas americanas na Itália, oferecerão serviços de telemedicina, hospitais de campanha, alimentos e equipamentos e assistência técnica.”
Os Estados Unidos da América são, mais uma vez, os Estados Unidos da Europa.


Governo americano estende proibição para cruzeiros até julho

Governo americano estende proibição para cruzeiros até julho


O Centro de Controle de Doenças (CDC) nos Estados Unidos estendeu a proibição para a realização de cruzeiros marítimos saindo do país. O objetivo é conter a propagação do novo coronavírus e tentar frear a pandemia.

Diversas companhias marítimas voluntariamente já haviam estendido a suspensão de suas viagens até maio, mas agora a proibição pode ir mais longe, pois o CDC estipula que a volta das viagens de navios só poderá acontecer se um dos três eventos a seguir ocorrer:

- Fim do estado de emergência sanitária pelo Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos
- Uma decisão direta do diretor do CDC para proibir a decisão de não-navegação.

- Passagem de 100 dias depois da data de publicação da nova ordem (que foi na quinta-feira, 9 de abril).

Até lá os navios deverão ficar nos portos ou ancorados, muitos dos quais ainda com tripulação a bordo (cerca de 80 mil segundo estimativas do jornal USA Today).

Operadoras americanas reembolsaram US$ 1 bilhão aos clientes

Operadoras americanas reembolsaram US$ 1 bilhão aos clientes

A National Tour Association (NTA), associação de operadores de viagens e tours nos Estados Unidos, divulgou pesquisa sobre o impacto da crise causada pela covid-19 nos negócios, incluindo demissões, reembolsos (que chegam a US$ 1 bilhão) e perspectivas para 2020.

“Em fevereiro, estávamos prevendo um ano de recorde de ganhos, com 95% esperado entre março e outubro”, disse o presidente da Ed-Ventures, empresa do Minnesota, Paul Larsen. “Agora minha meta é chegar até o final do ano”, resumiu.

DEMISSÕES
Segundo a pesquisa, 43% dos associados demitiram ou deram licença não remunerada aos empregados, e 31% reduziram as horas de trabalho dos funcionários. Um alto índice de 70% dos fornecedores de tours licenciaram ou demitira, colaboradores, enquanto que entre as DMOs, 59% não fizeram redução de empregados ou horas de trabalho.

Todas as operadoras, DMOs e fornecedores que responderam à pesquisa tiveram de lidar com cancelamentos. As operadoras disseram que a maioria dos cancelamentos foi para o período entre março e maio, mas elas estão vendo cancelamentos até para 2021.

Dos operadores que tiveram de cancelar viagens, 79% reembolsaram os clientes e receberam reembolsos de pontos de vendas. Quase metade (47%), porém, reembolsaram os clientes antes de receber dos pontos de vendas.

Os operadores associados à NTA cancelaram mais de 59 mil viagens, afetando cerca de 1,8 milhão de viajantes e tendo reembolsado quase US$ 1 bilhão aos clientes (mais de R$ 5 bilhões).

ABERTOS PARA NEGÓCIOS
A maioria das DMOs ainda estão abertas, com funcionários em home-office. Pelo menos metade dos fornecedores de tours estão fechados, com os demais trabalhando em horários reduzidos ou com empregados em home-office.

Mais de 50% dos operadores (54%) adiou as viagens para o segundo semestre de 2020 e ofereceu créditos aos viajantes. Quase a mesma quantidade teve adiamentos de viagens para 2021 (51%).

A grande maioria das DMOs (93%) reduziu ou congelou seus orçamentos, assim como os operadores (88%) e os fornecedores (74%).

Quanto à ajuda do governo americano, 80% dos operadores pesquisados irão utilizar os recursos disponíveis. E se metade das DMOs também quer acesso aos fundos, elas ainda não estão elegíveis para tal. As operadoras reclamam, porém, que o acesso aos fundos governamentais não tem sido fácil.

Laurie Lincoln, presidente e CEO da Main Street Experiences, de Lakewood, Califórnia, disse que teve que fazer várias ligações e visitas ao banco, para conseguir uma reunião para se candidatar ao Programa de Proteção de Salários. Mesmo assim, ela não ficou segura com o processo no banco.

A pesquisa da NTA teve 253 respostas, incluindo 112 operadoras.